Comércio Justo



Comércio Justo

Abstract
Fair trade is one of the most important supports for economic and ecological sustainability. It’s a social movement and a way of international trade that establishes a balance between fair prices and social and environmental standards in the production chains that promotes the meeting between producers and consumers with responsible ethical concerns. In this work there are several definitions of fair trade written by world-known intra-organizational, like WFTO, FINE and News. Fair Trade has emerged in the '60s and in 1967 took shape in Holland where was created the Fair Trade Organisatie.
There are four fair trade principles, which are:
  •  Fair payment to the producer, putting people before profit;
  •  Pre-financing and support to producers;
  •  Long-term trade relations;
  •  Environmental sustainability.
Of these principles the most important and what defines and differentiates fair trade is the first one: Putting people before profit. Understand that people and the Nature are more important that money, this is the essential to understand what is fair trade and what is that about. Fair Trade is more than just a concept, is a way of thinking and a way of life. Fair trade has developed rapidly even though it has not reached the whole world, yet. There are people dedicated to this way of life, fair trade is closer than we thought even if not behold it.


O que é?
Comércio justo (fair trade, em inglês), é um pilar para a sustentabilidade económica e ecológica. É um movimento social e uma forma de comércio internacional que estabelece o equilíbrio entre preços justos e padrões sociais e ambientais nas cadeias produtoras que promove o encontro entre produtores responsáveis e consumidores com preocupações éticas.
Resumindo, o comércio justo é onde o produtor recebe pagamento justo pelo seu trabalho.

Fig.1 – Tradução – Comércio Justo Certificado.

Definições de Comércio Justo
· Definição Pela WFTO (Organização Mundial de Comércio Justo):
 “O Comércio Justo é uma parceria comercial baseada no diálogo, na transparência e no respeito, que procura uma maior justiça no comércio internacional. Contribui para o desenvolvimento sustentável ao oferecer melhores condições comerciais e ao garantir os direitos dos produtores e dos trabalhadores marginalizados — especialmente dos países do Sul.
As organizações de Comércio Justo têm um compromisso claro com o Comércio Justo, sendo esta a sua missão principal. Elas, suportadas pelos consumidores, estão activamente envolvidas no apoio aos produtores, em campanhas de sensibilização e de alteração das regras e práticas do comércio internacional convencional.
O Comércio Justo é mais do que apenas Comércio: prova que é possível uma maior justiça no comércio mundial. Sublinha a necessidade de uma mudança nas regras e práticas do comércio convencional e mostra como um negócio de sucesso pode também colocar as pessoas em primeiro lugar.” [1]
· Definição pela FINE:
 “O Comércio Justo é a pareceria comercial baseada no diálogo, transparência e respeito, que procura maior igualdade no comércio internacional. Contribui para o desenvolvimento sustentável, oferecendo melhores condições comerciais, e garante os direitos dos produtores e dos trabalhadores marginalizados, especialmente no sul do país.
As organizações de Comércio Justo (apoiadas pelos consumidores) estão envolvidas ativamente no apoio aos produtores, de sensibilização e campanhas para mudanças nas regras e práticas do comércio internacional convencional.” [2]
Como surgiu?
As primeiras ideias de comércio justo surgiram nos anos 60, e no ano de 1967 ganhou forma quando na Holanda foi criada a Fair Trade Organisatie. Em 1969 foi aberta a primeira loja de comércio justo.
O café foi o primeiro produto a seguir este tipo de comércio em 1988, a experiência espalhou-se pela Europa e no ano seguinte foi fundada a Internatioan Fair Trade Association, que atualmente reúne atualmente por volta de 300 organizações em 60 países.
Este movimento dá especial importância às exportações em países em desenvolvimento para países desenvolvidos, como por exemplo, o artesanato e produtos agrícolas.
Consumidores de alguns países preocupam-se com a sustentabilidade e optam por comprar produtos vendidos através do comércio justo.
Esta escolha ética tem permitindo a pequenos produtores de países tropicais viver de forma digna ao escolherem a agroecologia, como a agricultura orgânica.
O comércio justo é definido pela News - Network of European World Shops como "uma parceria entre produtores e consumidores que trabalham para ultrapassar as dificuldades enfrentadas pelos primeiros, para aumentar seu acesso ao mercado e para promover o processo de desenvolvimento sustentável. O comércio justo procura criar os meios e oportunidades para melhorar as condições de vida e de trabalho dos produtores, especialmente os pequenos produtores desfavorecidos. Sua missão é promover a equidade social, a proteção do ambiente e a segurança econômica através do comércio e da promoção de campanhas de conscientização".



[1]Informação retirada do site www.equacao.org.
[2]Informação retirada do site http://www.fair-trade-hub.com.


Princípios do Comércio Justo:
Todas as organizações envolvidas no comércio justo devem obedecer a vários princípios, tais como:
  • ·         O respeito e a preocupação pelas pessoas e pelo ambiente, colocando as pessoas acima do produto e do lucro;
  • ·         A criação de meios e oportunidades para os produtores melhorarem as suas condições de vida e de trabalho, incluindo o pagamento de um preço justo (um preço que cubra os custos de um rendimento aceitável, da protecção ambiental e da segurança económica);
  • ·         Abertura e transparência quanto à estrutura das organizações e todos os aspectos da sua actividade, e informação mútua, entre todos os intervenientes na cadeia comercial, sobre os seus produtos e métodos de comercialização;
  • ·         Envolvimento dos produtores, voluntários e empregados nas tomadas de decisão que os afectam;
  • ·         A protecção dos direitos humanos, nomeadamente os das mulheres, das crianças e dos povos indígenas;
  • ·    A consciencialização para a situação das mulheres e dos homens, enquanto produtores e comerciantes, e a promoção da igualdade de oportunidades;
  • ·         A promoção da sustentabilidade através do estabelecimento de relações comerciais estáveis a longo prazo;
  • ·         A educação e a participação em campanhas de sensibilização;
  • ·         A produção tão completa quanto possível dos produtos comercializados no país de origem.


Fig. 2 – Imagem onde mostra que somos todos iguais.
Frutos do Comércio Justo
Em 2008, o mundo com os produtos certificados pelo programa do comércio justo internacional amontoou uma média de €3,4 mil milhões (US$ 4,98 mil milhões), sendo que este valos aumenta a cada ano.
O comércio justo foi além da comida e de fibras, um desenvolvimeto que se tem especialmente destacado no Reino Unido, onde há 500 cidades de comércio justo, 118 universidades, mais de 6 000 igrejas e mais de 4 000 escolas registadas no regime das escolas de comércio justo.
Ainda não há uma definição universalmente aceite de Comércio Justo, mas a maior parte das organizações normalmente adotam a definição desenvolvida pela FINE, uma associação informal de quatro redes internacionais sobre comércio justo:
  • à Fairtrade Labelling Organizations International; 
  • à WFTO - World Fair Trade Organization;
  • à EFTA - Network of European Worldshops;
  • à European Fair Trade Association.


Fig. 3 – Resultados do Comércio Justo.
Actores principais do Comércio Justo
Os principais intervenientes no comércio justo são obviamente os produtores, os importadores, as lojas do comércio justo e as plataformas internacionais.
Produtores
Os produtores que aderiram ao comércio justo encontram-se dispersos por mais de 50 países do Sul do mundo, em mais de 800 cooperativas. Estas 800 cooperativas representam cerca de 1 milhão de trabalhadores, e estima-se que 5 milhões de pessoas beneficiem com o comércio justo.
Importadores
Actualmente há cerca de 100 organizações importadoras, estas organizações revestem-se, normalmente por ONGD, Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento, e estão espalhadas pelos países da União Europeia, Japão, Canadá, Estados Unidos da América e Austrália.
Lojas de Comércio Justo
Só na Europa existem cerca de 3000 lojas de comércio justo, quem mais se destaca é a Alemanha com quase 800 lojas de comércio justo, quem se segue é a Itália com 500 lojas, Espanha tem cerca de 90 lojas, em Portugal existem apenas 12 lojas de comércio justo, a maioria destas lojas foi aberta nos últimos 3 anos.
Plataformas internacionais
Hoje em dia existem finalmente plataformas internacionais de certificação, a FLO – Fair Labelling Organization, a IFAT – International Fair Trade Association, a NEWS - Network of European World Shops, a EFTA – European Fair Trade Association. Mais recentemente foi criada a WFTO – World Fair Trade Oganisation, esta organização apresenta-se como uma autoridade global para o comércio justo, formada por membros que apresentam uma totalidade do comércio justo, desde que se produz até que se vende. A sua missão é trabalhar em função dos mais pobres, promovendo o desenvolvimento sustentável e a justiça, e ainda apoiar uma melhoria nas condições de vida dos produtores e das suas comunidades, através do comércio justo.

Fig. 4 – Garantias de um Melhor Negócio para os Produtores de 3º Mundo.
Enquadramento Comércio Justo
Os princípios que são a base do Comércio Justo estão hoje em dia mais vivos que nunca.
O slogan “Comércio e não ajuda” foi adoptado pelos países mais pobres nos anos 60 e infelizmente continua atual. Infelizmente não porque a ajuda seja má, pois não é, definitivamente. Mas a ajuda a longo prazo não é um acto progressivo, pois a pessoa/organização que recebesse essa ajuda é totalmente dependente de quem dá essa ajuda. Já a cooperação e o comércio estabelecem uma relação de troca, equilíbrio e interdependência, por isso em vez de simplesmente ajudarmos deviríamos cooperar uns com os outros.
O comércio justo tem quatro pilares fundamentais:
  • ·    Pagamento justo ao produtor, colocando as pessoas a frente do lucro;
  • ·    No pré-financiamento e no apoio aos produtores;
  • ·    Nas relações comerciais de longa duração;
  • ·    Na sustentabilidade ambiental.

Como já referi antes este movimento é um instrumento de cooperação para o desenvolvimento, utilizando o comércio e o mercado para combater a pobreza, a exploração das pessoas e dos recursos. Tal como explica o velho provérbio chinês: “Se quiseres matar a fome de alguém dá-lhe um peixe. Mas, se quiseres que ele nunca mais passe fome, ensina-o a pescar”.
Este movimento já foi reconhecido por diversas políticas internacionais. Até a União Europeia, através das suas associações já produzem legislação específica que apoia a promoção ao Comércio Justo e incentivam a sua entrada nos fornecimentos e entidades públicas.
E tal como surge nos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio – ODM, um dos objectivos são, entre outros erradicar a pobreza extrema até 2025. Em palavras dos mais importantes do mundo, Jeffrey Sachs (autor do livro O Fim da Pobreza) ”um mundo onde alguns vivem em conforto e abundância, enquanto metade da raça humana subsiste com menos de dois dólares por dia, não é justo nem estável”.[3] Este autor aponta vários passos a dar para acabar com a pobreza e diminuir igualdades, principalmente económicas entre um Norte do Mundo, rico, consumidor e um Sul do Mundo, pobre, produtor. Entre elas:
  • ·    O fortalecimento das Nações Unidas (e das agências especializadas que dela dependem – UNICEF, FAO, OMS, etc.);
  • ·    A ciência tanto tende a seguir as forças de mercado, como a liderá-las tornando os ricos mais ricos num ciclo contínuo de crescimento endógeno;
  • ·    A promoção do desenvolvimento sustentável e o assumir de um compromisso pessoal, pois no final, a solução está em nós, enquanto indivíduos.

Hoje são mais poderosas que nunca as palavras de Robert Kennedy, no seu discurso do dia do juramento 6 de Junho de 1966:
“Que ninguém se deixe desencorajar pela convicção de que não há nada que um homem ou uma mulher possam fazer contra o enorme conjunto dos males do mundo – a miséria e a ignorância, a injustiça e a violência... Poucos terão a grandeza de vergar a própria história, mas cada um de nós pode trabalhar para mudar uma pequena parte dos acontecimentos e da totalidade de todos esses actos será escrita a história da sua geração... É a partir de inúmeros e diversos actos de coragem e convicção que a história humana é formada. Cada vez que um homem luta por um ideal, ou age para melhorar o destino dos outros, ou combate a injustiça, produz uma pequena onda de esperança; cruzando as ondas produzidas por um milhão de focos de energia e audácia, constrói-se uma corrente que pode derrubar os muros da mais poderosa opressão e resistência”[4]

Fig. 5 – Organizações de Apoio, relações entre os atores principais do Comércio Justo.




[3] Informação retirada do site www.equacao.org.
[4] Informação retirada do site www.equacao.org.

“Comércio Sim Ajuda Não”
Ajudar ↔ Dar sem receber nada em troca, quem dá tem poder. Quem recebe não, nem o conquista, dependente do último.
Comércio/Cooperação ↔ Troca, Equilíbrio, Independência.
Conclusão: Ajuda é o primeiro passo pra evoluir, mas não é a solução, pois, com ajuda, os elementos – tanto o ajudado como quem ajuda – não evoluem. Ajudar é bom para um problema no presente, se quisermos pensar no futuro e nas gerações futuras devemos investir, comercializando e cooperando.
Quem é ajudado não se desenvolve, pois só recebe não dá nada em troca, não é uma entreajuda, se quem é ajudado não se esforçar para conseguir comercializar e cooperar com o outro elemento apenas adia os seus problemas. Quem ajuda também não se desenvolve, pois, estando simplesmente a dar os seus bens/recursos não está a receber nada em troca, e de certeza que esses recursos/bens não se vão multiplicar se não houver um comércio ou uma troca destes mesmos, ou seja, quem ajudar está a gastar os seus bens que vão acabar por ter um fim, de modo a não puder ajudar e provavelmente não receber ajuda, pois, se o outro elemento só recebem bens/recursos não se desenvolveu ou seja não é capaz de puder ajudar o outro que agora precisa dessa ajuda, ficando os dois com problemas e sem puderem ajudar-se. O que não teria acontecido se houvesse uma cooperação antes. Mas, se os elementos desta troca depois da sua ajuda inicial e saudável tentassem esforçar-se para puderem dar algo em troca pelos bens/recursos que recebem desenvolver-se-iam muito mais rápido. Resumindo, comercializar e cooperar é a solução pois ambas as partes saem a ganhar e ambas as partes desenvolvem.
Curiosidade
Dia 10 de Maio é o dia Mundial do Comércio Justo!

“Comércio Sim Ajuda Não”
Ajudar ↔ Dar sem receber nada em troca, quem dá tem poder. Quem recebe não, nem o conquista, dependente do último.
Comércio/Cooperação ↔ Troca, Equilíbrio, Independência.
Conclusão: Ajuda é o primeiro passo pra evoluir, mas não é a solução, pois, com ajuda, os elementos – tanto o ajudado como quem ajuda – não evoluem. Ajudar é bom para um problema no presente, se quisermos pensar no futuro e nas gerações futuras devemos investir, comercializando e cooperando.
Quem é ajudado não se desenvolve, pois só recebe não dá nada em troca, não é uma entreajuda, se quem é ajudado não se esforçar para conseguir comercializar e cooperar com o outro elemento apenas adia os seus problemas. Quem ajuda também não se desenvolve, pois, estando simplesmente a dar os seus bens/recursos não está a receber nada em troca, e de certeza que esses recursos/bens não se vão multiplicar se não houver um comércio ou uma troca destes mesmos, ou seja, quem ajudar está a gastar os seus bens que vão acabar por ter um fim, de modo a não puder ajudar e provavelmente não receber ajuda, pois, se o outro elemento só recebem bens/recursos não se desenvolveu ou seja não é capaz de puder ajudar o outro que agora precisa dessa ajuda, ficando os dois com problemas e sem puderem ajudar-se. O que não teria acontecido se houvesse uma cooperação antes. Mas, se os elementos desta troca depois da sua ajuda inicial e saudável tentassem esforçar-se para puderem dar algo em troca pelos bens/recursos que recebem desenvolver-se-iam muito mais rápido. Resumindo, comercializar e cooperar é a solução pois ambas as partes saem a ganhar e ambas as partes desenvolvem.




Comercio justo




O que é o comércio justo?


Trata-se de um movimento social e uma modalidade de comércio internacional que busca o estabelecimento de preços justos, bem como de padrões sociais e ambientais equilibrados nas cadeias produtivas, oferecendo melhores condições comerciais e ao garantir os direitos dos produtores e trabalhadores marginalizados, promovendo o encontro de produtores responsáveis com consumidores éticos. Assim é o comércio onde o produtor recebe remuneração por seu trabalho. O movimento dá especialmente atenção a exportações dos países em desenvolvimento para países desenvolvidos.
Ilustração 1- Comércio justo

Onde e quando se deu a primeira comercialização justa


A ideia surgiu nos anos de 1960 e mais tarde cresceu na empresa Fair Trade Organisatie, na Holanda em 1967. O primeiro produto a ser comercializado foi o café, em 1988. Mais tarde na Europa foi criada a associação global International Fair Trade Association que reúne atualmente 324 organizações em 70 países.


Ilustração 2-Slogan da "Fair Trade Organization"

Princípios do comércio justo


1.      Salários e condições de trabalho dignas
2.      Não à exploração infantil e ao modelo de trabalho escravo
3.      Igualdade de homem-mulher
4.      Compromisso de trabalho a longo prazo
5.      Respeito ao meio ambiente
6.      Produtos de qualidade elaborados de maneira artesanal ou semi-industrial
7.      Cooperativa de produção com os países do Sul democrático

AS VANTAGENS DO COMÉRCIO JUSTO NO AMBIENTE

  • Produção sustentável da agricultura e agro-florestal familiar, camponesa, entradas simples, e artesanato em pequenas quantidades, do local, natural, reciclado, preservar o tecido rural e suburbana.
  • Maneiras de conservar os recursos naturais receitas Fair trade permitiram que as comunidades locais para investir na produção de alimentos, proteção do solo e da água, edifícios verdes, etc.
  • Garantia, certificação. As especificações incluem critérios ambientais e de respeito da saúde humana cada vez mais rigoroso.
  • Transporte de barco. A Sea freight (companhia de transporte de mercadoria) gera menos emissões de gases de efeito estufa do que a companhia aérea.
  • Cursos de curta duração, experiência adapta os princípios do comércio justo aos contextos locais para desenvolver cursos de curta duração de Norte a Sul de alguns países.
  •  Consumo de cidadãos, iniciativas de sensibilização pública, escola, comunidades e incentivo ao consumo responsável.
  • Defesa de políticas a nível nacional e internacional, os atores organizam ou participam em campanhas para influenciar as causas da crise ecológica.

Como ter um comercio justo

Se interessou-se, conheça os critérios que um produtor rural ou uma empresa precisam ter para conseguir o selo de certificação do Comércio Justo, de acordo com a Fair trade Labelling Organizations, entidade que engloba as principais associações ligadas ao Comércio Justo em todo o mundo.

Os produtores devem:
• Estar organizados em associações
• Ter processo de decisões democrático
• Ter igualdade entre homens e mulheres
• Colocar as crianças na escola
• Respeitar as leis trabalhistas
• Reduzir o uso de agrotóxicos (são designações genéricas para os vários produtos químicos) usados ​​na agricultura e outros
• Gerenciar resíduos
• Cuidar da fertilidade dos solos e dos recursos hídricos
• Não usar transgénicos (são organismos que, mediante técnicas de engenharia genética, contêm materiais genéticos de outros organismos)
• Investir anualmente de 3.145,57€ a 5.907,54€ na certificação e manutenção de produtos e da maquinofatura utilizada nas produções
As empresas devem:
• Comprar matérias-primas já certificadas
• Pagar um preço mínimo que possibilite a produção sustentável
• Pagar bónus para projectos sociais
• Financiar parte da produção, quando necessário
• Fazer contractos de longo prazo que viabilizem práticas sustentáveis de produção
• Fazer contrato de licença com o Instituto Fair Trade
• Investir anualmente de 3.529,18€ a 5.523,93€ na certificação, além de pagar uma taxa de licença trimestral de 671,311€ ou de 1% das vendas (o que for maior)

Exemplo em Portugal

Pouco conhecido em Portugal, o comércio justo tem vantagens sobre o convencional: a compra de alimentos fabricados sem aditivos químicos permite financiar a Educação ou a Saúde de comunidades produtoras pobres de África, Ásia e América Latina.
Em Portugal, ainda a dar os primeiros passos, a primeira Loja do Mundo, como são conhecidas as unidades de comércio justo, abriu em 1999, em Amarante.
A mais recente, e a primeira a Sul do Tejo, fica no Pragal, concelho de Almada, e ainda não tem um mês. Carlos Gomes é chefe da Cooperativa Mó de Vida.
Em nada igual aos supermercados, a loja tem arrumados os alimentos e as bebidas em prateleiras feitas com materiais artesanais. Não há carrinhos de compras nem filas para pagar, porque os clientes são ainda poucos. Na loja desta cooperativa, como em outras Lojas do Mundo, pode-se comprar arroz, açúcar, feijão, rum, vinho, café, chá, chocolate, compotas, brinquedos, roupa, artigos de decoração e bijuteria da Bolívia, do Brasil, da Índia, da Tanzânia, do México, da Nicarágua, do Nepal, de Moçambique, Cuba, Guatemala ou do Peru.
Produzidos por famílias ou cooperativas de agricultores e artesãos que vivem em comunidades pobres, os artigos do comércio justo são ligeiramente mais caros, e em menores quantidades, que os do comércio convencional. "Mas têm mais qualidade", adverte Carlos Gomes.
Os produtos, justifica, são fabricados segundo os saberes tradicionais - muitos deles de origem indígena -, sem aditivos químicos e respeitadores do meio ambiente. O papel de um envelope, por exemplo, é reciclado e a madeira usada na construção de brinquedos é retirada de árvores que morreram naturalmente.


Vendas de comercio justo na Europa  


Ilustração 3- Comércio justo Europeu










Ética comercial

Como já visto no trabalho acima o comércio justo é um movimento social que visa estabelecer preços justos, padrões sociais e ambientais, e possivelmente acabar com a fome nos países em desenvolvimento. A prática do comércio justo está ligado também a economia verde, por utilizar produtos totalmente naturais do nosso ecossistema tais como frutos e vegetais, mas também ligada a gestão de resíduos, porque o comércio justo visa o aumento da utilização de embalagens biodegradáveis (que podem ser decompostos em matéria mineral pelos decompositores).
Os praticantes de comércio justo levam sempre em conta as áreas protegidas, portanto eles não utilizam produtos dessas áreas porque as mesmas protegem e preservam os recursos naturais e garantir a biodiversidade.
Mas uma questão ainda permanece, visto que o comércio justo consiste nas exportações de produtos dos países em desenvolvimento para os países desenvolvidos, se um nível de exportações dos países em desenvolvimento para os países desenvolvidos fossem iguais ao nível de exportações dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento será que a fome no mundo acabaria?
Sendo que a modalidade de comércio justo está relacionada com Desenvolvimento sustentável (que pretende atender as necessidades do ser humano, para esta e as próximas gerações e permite um equilíbrio constante entre o desenvolvimento social, económico e ecológico), que tem como barreira a erradicação da pobreza. Tal como sabemos a pobreza trata-se de quando certa família não tem recursos económicos para se sustentar, se fosse possível a exportação de alimento dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento, pelo menos atender-se-ia à necessidade alimentar no mundo, já que não é possível atender á necessidade económica. Sendo assim aumentando as exportações dos países desenvolvidos para os países em desenvolvimento poderá acabar com a fome no mundo, mas isso depende de cada um.


Bibliografia: