O Buraco na Camada de Ozono


O buraco na camada de ozono

Em Maio de 1985, o Dr. Joe Farman descobriu um buraco na camada de ozono, sobre a Antártida. Todas as Primaveras, a maior parte do ozono perde-se durante uns meses sobre a Antártida e, em menor escala, sobre o Ártico.



Buraco do ozono sobre a Antártida

O buraco do ozono é o sinal mais extremo de uma diminuição na camada de ozono verificada nas últimas décadas.

Nos últimos anos, o tamanho do buraco do ozono aumentou, tendo este, atualmente, uma dimensão média de 28,3 milhões de km2.


Como se forma o buraco do ozono?

Quando os raios ultravioleta atingem a camada de ozono, muitos deles são refletidos.
O CFC lançado para a atmosfera sobe até à camada de ozono. Aí, as ligações moleculares são rompidas pela ação dos raios UV, ficando o cloro livre.
O cloro destrói as ligações moleculares do ozono, o que deixa esta camada fragilizada e destruída, dando assim origem ao buraco do ozono que permite que a radiação ultravioleta atinja a Terra. 


Reflexão dos raios UV.

O CFC destrói a camada de ozono
Os raios UV atingem a Terra com grande facilidade devido ao buraco do ozono.

Gases prejudiciais para a Camada de Ozono

Gazes prejudiciais da camada de ozono são os CFCs (clorofluorocarbonetos) que, devido à sua composição química, reagem facilmente com o ozono provocando a destruição da camada do ozono.
Os CFCs foram inventados por Thomas Midgley, em 1930 e correspondem aos hidrocarbonetos em que o hidrogénio (H2) foi substituído por cloro (Cl) e flúor (F), sendo utilizados como agentes de refrigeração dos frigoríficos, nos sprays domésticos e nas indústrias do isolamento térmico e da eletrónica.




Sprays domésticos que contêm CFC.

Consequências, os papeis que desempenha e como são os seres humanos afetados

A consequência imediata da exposição prolongada à radiação ultravioleta é a degeneração celular que originará um cancro da pele nos seres humanos. No final da década de 1990, os casos de cancro da pele registados devido ao buraco na camada de ozono tiveram um aumento de 1000% em relação à década de 1950.O ozono estratosférico (por vezes referido como “ozono bom”) desempenha um papel benéfico ao absorver a maior parte da luz solar ultravioleta biologicamente prejudiciais (chamado UV-B), o que permite apenas uma pequena quantidade para atingir a superfície da TerraA absorção de radiação ultravioleta pelo ozono cria uma fonte de calor, o qual, na verdade, faz a estratosfera próprio (a região em que a temperatura se eleva como um vai para altitudes mais elevadas). O ozono assim desempenha um papel fundamental na estrutura de temperatura da atmosfera da TerraSem a ação de filtragem da camada de ozono, mais de radiação do Sol UV-B que penetram na atmosfera e que atingem a superfície da Terra.A radiação ultravioleta excessiva pode também diminuir a taxa de crescimento de plantas e aumentar a degradação de plásticos, tal como aumentar a produção de ozono troposférico e afetar ecossistemas terrestres e aquáticos, alterando o crescimento, cadeias alimentares e ciclos bioquímicos. Em particular, a vida aquática junto à superfície da água, onde as espécies de plantas que formam as bases da cadeia alimentar são mais abundantes, é adversamente afetada por elevados níveis de radiação ultravioleta. A quantidade de ozono troposférico também altera a distribuição térmica na atmosfera, resultando em impactos ambientais e climáticos indeterminados.

Em Portugal

Quanto à situação da camada de ozono em Portugal, a diminuição da espessura da camada também foi sentida. Há medições da espessura da camada de ozono desde 1951. Os dados recolhidos permitem concluir que a quantidade total de ozono, no período 1968-1997, apresenta uma tendência estatisticamente significativa de redução da espessura da camada de 3.3 % por década, o que é perfeitamente consistente com a redução que se tem observado noutras estações de Europa

Acções tomadas em favor da Camada de Ozono: Tratado de Montreal

 Cerca de dois anos após a descoberta do buraco do ozono sobre a atmosfera da Antárctica, os governos de diversos países, entre os quais a maioria dos países da União Europeia, assinaram em 1987 um acordo, chamado Protocolo de Montreal, com o objetivo de reconstituir a concentração de ozono na alta atmosfera. O único método conhecido de proteção da camada do ozono é limitar a emissão dos produtos que o danificam e substitui-los por outros mais amigos do ambiente, como os clorohidrofluorcarbonetos, que contêm pelo menos um hidrogénio, susceptível de ser atacado na atmosfera.
Assim sendo, mais de 60 países comprometeram-se a reduzir em 50% o uso de CFC até finais de 1999, com o Protocolo de Montreal, com o objetivo de reconstituir a concentração de ozono na alta atmosfera. Este acordo entrou em vigor em 1989 e visa reduzir, progressivamente, as emissões dos gases que provocam a degradação do ozono.