Crítica ao Filme : “Uma Verdade Inconveniente”
“Uma verdade
inconveniente” é exatamente disto que se trata o filme, aliás não só de uma
mas sim de muitas verdades que não são de maneira nenhuma favoráveis aos
políticos dos EUA.
Al Gore neste documentário reúne vários estudos concretos
feitos por cientistas, que mostram a influencia que o ser humano tem nas
mudanças climáticas, começando por furacões e acabando nas secas que ocorrem
por todo o mundo. São verdades inconvenientes ocultadas pelos políticos,
simplesmente para poderem ser quem são e terem o poder que têm.
Este filme prova que o regime presidencialista é o que menos
leis tem a favor do ambiente, afinal para se poder ter um cargo político e
ser-se presidente á a necessidade de conquistar o “povo” para chegar mais alto
e para se ser rei ou rainha basta nascer na família certa.
Muitos políticos durante as suas campanhas eleitorais
prometem um futuro promissor, projetos para ajudar o ambiente e melhorar os
problemas existentes, e muitas outras coisas que no fim são apagadas da memória
de um presidente acabado de chegar ao poder através de pequenas grandes ilusões
á população.
Afinal aquilo que sonhamos para o futuro não acontece
exatamente como tanto desejámos.
Nos últimos anos as catástrofes naturais têm vindo a
aumentar e, em números exorbitantes.
Em 2011, no ano mais quente, na Índia e nos EUA a
temperatura subiu até aos 50oC, mas a Índia não recebeu tanta
atenção e dispararam as desidratações , as secas, etc.
Outro exemplo, houveram vários furacões nos EUA mas o Japão
teve 10 furacões num ano inteiro (2004) e mais uma vez, o Japão não recebeu
grande atenção dos média.
Depois do Katrina muitas pessoas ficaram na pobreza e não
tiveram possibilidades de reconstruir as suas vidas. Hoje em dia estão na
miséria, vivem da caridade. Este furacão foi avisado pelos cientistas ás
autoridades que não deram ouvidos a quem deviam, pois os EUA vivem na ilusão de
que têm tudo de modo organizado e que nada de mal lhes pode acontecer. Mas no
fim, a Natureza prova que derruba qualquer um sem dó nem piedade.
No mundo existe uma ideia de que ambientalismo acaba com os
empregos e causa problemas económicos , mas é uma ideia errada, afinal sem
ambientalismo, sem vontade de proteger o planeta onde vivemos, para onde irá a
vida ? O que será feito de todos nós, depois da fúria da natureza acabar com o
planeta e acabar com toda a vida que nele existe ? Nada, a Terra não passará de
mais um planeta do Sistema Solar, sem vida.
A estações do ano afetam também todos estes fenómenos que
surgem a partir do aquecimento global, tal como, as cheias e as secas.
Há milhares de nichos ecológicos afetados pelo aquecimento
global.
Desenvolveram-se muitas e variadas doenças, como gripe das
aves e malária, nos últimos anos que causaram graves problemas (SARS). Trinta
por cento de CO2 vai para a atmosfera todos os anos graças á
desflorestação. Tudo isto leva á diminuição da biodiversidade.
Com o degelo de todas as grandes áreas congeladas, meio
mundo era inundado. O nº de centrais de carvão é enorme e aos poucos contribui
para este acontecimento. E se nada for feito daqui a poucos anos isto será uma
realidade.
A China e os EUA usam tecnologias velhas e não amigas do
ambiente e ambos enfrentam consequências inaceitáveis. Se tivermos maneiras
antigas de estar e técnicas velhas iremos enfrentar estas consequências, mas
novas formas de estar juntamente com uma nova tecnologia trarão uma drástica
mudança para o planeta.
Na geração “baby boom” a população ultrapassou os 2 mil
milhões, e hoje em dia somos 9 mil milhões.
Após Furushima, o Japão está a construir uma nova central
nuclear, ainda maior, e nem três anos passaram. A China igualou os EUA na
responsabilidade do aquecimento global.
Depois da implementação de leis ambientais fortes a Europa mobiliza as
fábricas para os países com pouca responsabilidade no aquecimento global. E com
a força com que todos os países querem crescer e tornar-se mais importantes
muitas mais situações destas existirão.
Foi feita uma recolha de estudos sobre o aquecimento global
que defendiam que este estava ligado á ação humana, hoje em dia existem 4 ou 5
estudos a dizer o contrário. Devido a estes conhecimentos muitos cientistas
foram perseguidos e ridicularizados.
Tudo isto para afirmar que o mundo em que vivemos é
governado por gente que não pensa no ambiente mas pensa sim, na economia e no
poder. Há muito mais a fazer, e pode começar por cada um:
- · Dizer aos nossos pais para não estragarem o mundo onde todos nós iremos viver
- · Se formos pais, juntarmo-nos aos nossos filhos para salvar o mundo que irá suportar o futuro deles
- · Mudar para fontes renováveis de energia
- · Ligar á companhia que nos fornece eletricidade e pedir a oferta de energia verde para as nossas casas se disserem que não perguntem o porquê
- · Votar em quem prometer acabar com a crise, e fazer o que realmente promete na sua campanha eleitoral.
- · Escrever á Assembleia. Se não te derem importância, candidata-te a deputado.
- · Contribui para a biodiversidade, planta árvores.
- · Fala com quem te é mais próximos e começa por mudar a mentalidade dessas pessoas
- · Liga para a rádio, escreve artigos para jornais.
- · Junta-te a organizações que defendem o ambiente
- · Contribui para a redução da dependência de petróleo estrangeiro
- · Entre outras coisas.
Marta Alves
Temos a possibilidade de fazer isto tudo.
Nada nos impede. Também ajuda se pressionarmos os políticos dos nossos países a
fazerem algo sobre este problema. Temos de unir-nos em grupo e resolver este
problema de uma vez por todas. Já passámos uma crise com o buraco do ozono, e
para resolvê-lo acabámos com os gases CFC. Se fomos capazes de tal, então também conseguimos resolver isto.
O filme “Uma
Verdade Inconveniente” é provavelmente um dos melhores filmes de alerta para o
aquecimento global. Não só alerta as pessoas, mas como explica as várias
questões que giram em torno deste grave problema ambiental.
Num outro ponto de vista, também
vemos que existem questões políticas envolvidas nisto tudo. Sendo que uma delas
está na dúvida sobre o ser humano ter influência neste fenómeno. O próprio
George H. W. Bush disse que as afirmações de Al Gore são um embuste, e que
levarão ao desemprego de muitas pessoas.
Mas será mesmo um embuste? Não é, de
certeza. O desemprego falado tem com certeza a ver com a utilização de
combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. A queima dos mesmos resulta
numa produção excessiva de dióxido de carbono, sendo dos maiores contribuintes
para o aquecimento global. Uma das medidas para a redução do mesmo é exatamente
a utilização de energias renováveis. E utilizarmos estas energias, o desemprego
dispara no ramo dos combustíveis fósseis. Mas nada impede os desempregados de
formarem-se nas energias renováveis. É a melhor solução para eles se as
energias não renováveis deixarem de ser usadas. Sendo assim, como é que se pode
dizer que o ambientalismo vai levar ao desemprego? Pode levar, a curto prazo,
mas nada impede as pessoas de se juntarem às energias verdes.
Al Gore fez alguns estudos que o
ajudaram a perceber o problema que enfrentamos, como a medição da quantidade de
dióxido de carbono na atmosfera. Nos últimos cinquenta anos, a mesma aumentou
drasticamente. Corresponde à geração do “baby boom”; com o aumento brutal da
população as necessidades energéticas também aumentam. Aqui entram os
combustíveis fósseis. Sendo cada vez mais usados, maior quantidade de dióxido
de carbono é lançado.
Também temos a questão do degelo. Se
a Gronelândia ou a Antártida Ocidental derretessem, o nível do mar aumentava
seis metros. Os mapas do mundo teriam de ser redesenhados; muitas áreas
acabariam submersas. O derretimento da Gronelândia também pode acabar com o
mecanismo das correntes do Golfo, levando a Europa para uma idade do gelo.
Pelo que também entendemos no filme,
os nossos hábitos não mudaram desde a tecnologia velha para a tecnologia nova.
Tomamos tudo como garantido, e temos aquela ideia do consumismo. Mas também
percebemos que, como o ser humano contribui para o problema, também ajudar a
resolvê-lo. Como Al Gore disse, o ser humano já tem tudo para lidar de forma
eficaz com esta questão:
·
Usar
energias mais eficientes
·
Utilizar
veículos mais eficientes
·
Usar
tecnologias renováveis
·
Captura e
separação do carbono (solução cada vez mais falada)
Miguel Ângelo Graça
Rodrigo Carvalho
No
decorrer do filme/documentário “Uma verdade inconveniente”, Al Gore tenta
provar com vários dados e estudos científicos que o aquecimento global é
provocado pelo ser humano.
Al
Gore começa por explicar conceitos básicos como o fenómeno do efeito de estufa
(os raios solares entram na atmosfera, aquecem a Terra, e uma parte desses
raios solares são reflectidos de novo para o espaço, uma outra parte é retida
na atmosfera para manter a temperatura terrestre).
O
impacto que o aquecimento global tem no planeta, causa, por exemplo, o degelo,
ou seja, com o aumento das temperaturas o gelo derrete. E esse é um dos grandes
problemas consequentes do aquecimento global, um grande exemplo referido no
filme são os Himalaias, onde 40% da população mundial retira a água que derrete
para o seu consumo de água. Outro fenómeno relacionado com o aquecimento global
é a seca do lago Chade (um dos maiores lagos do mundo até à altura), mais uma
vez uma grande parte da população vivia da sua água.
Em
2003 na Europa ocorreu uma enorme onda de calor que matou cerca de 35000
pessoas, nos EUA houve também vários recordes de altas temperaturas. No mesmo
ano em Junho, a Índia atingira 50ºC, que teve como consequência mais de 1400
mortos, mas não recebeu tanta atenção.
Muitos
estudos têm mostrado um grande aparecimento e reaparecimento de doenças, de
nichos ecológicos afectados pelo aquecimento global, de uma futura possível
subida do nível médio das águas do mar, entre outros casos.
Vários
cientistas foram perseguidos e privados do seu trabalho apenas por terem feito
estudos que os levou a descobrir factos que os levavam a “verdades
inconvenientes”, coisas que muitos políticos não queriam ouvir, então tentaram
dar a volta ao assunto, dizendo, por exemplo, que a “culpa” do aquecimento
global é dos vulcões, é lhes conveniente poderem continuar a queimar
combustíveis fósseis sem serem culpados do aquecimento global, e continuarem
com a ideia de: “Não podemos fazer nada contra isso.” Ou então, apenas dizem: “Bem,
lidamos com isso amanhã.”.
No
filme mostra uma rã que entra num recipiente de água tépida, enquanto a
temperatura da água aumenta aos poucos a rã continua lá sentada, e irá ficar lá
até ser salva, e o mesmo está a acontecer, a “água está a começar a ferver e a
rã continua lá”, o problema é que “na vida real” não há ninguém para “salvar a
rã, a não ser a própria rã” a perceber o problema e a salvar-se a si mesma.
Portanto a “rã” tem de estar disposta a mudar os seus hábitos para poder “ser
salva”.
Todos
os políticos que hoje “reinam o mundo” não pensam nas consequências do que
estão a fazer, são estas “más escolhas políticas” que fizeram com que chegasse
a este ponto, apenas querem lucro, dinheiro, uma boa e segura economia, mas
será que não se poderá fazer uma economia ecológica? Óbvio que sim, até pelo
contrário, se tudo fosse bem feito, até poderia ser melhor não só em termos
ecológicos mas também económicos, dando mais empregos, etc.
Mara
Luna Altmann
Este documentário/filme alerta para um severo acontecimento, o aquecimento global, como o próprio nome indica, é uma verdade que ninguém quer ouvir, principalmente os políticos. A maioria das pessoas acha que vive num mundo cheio de flores e arco-íris, onde tudo é belo, mas não, a Terra está a morrer e nós estamos a morrer com ela! Este Documentário/filme relata essa morte lenta, que cada vez se está a tornar mais rápida.
Uma verdade inconveniente ou An Inconvenient Truth, em inglês, estreou a 24 de março de 2006, nos Estados Unidos da América. Tem 94 minutos e foi dirigido por Davis Guggenheim com prodrução de Lawrence Bender, Scott Z. Burns e Laurie David. A música teve o dedo de Michael Brook e cinematografia ficou a cargo de Davis Guggenheim e de Robert Richman. A edição é de Jay Cassidy e de Dan Swietlik, em estúdio ficaram encarregues Lawrence Bender Productions e Participant Productions. A distribuição foi realizada pela pela Paramount Vantage. Tinha um orçamento superior a 1 milhão de doláres, sendo que, teve uma receita de aproximadamente 50 milhões de dólares.
A principal personagem deste documentário é Al Gore ou melhor dizendo Albert Arnold Gore, Jr. Nasceu a 31 de março de 1948 em Washington D.C. nos EUA. É filho de Albert Gore e de Pauline La Fon Gore e estudou na universidade Harvard. Em 2007 Al Gore ganhou o Nobel da Paz, embora tenha participado em guerras que levaram à morte de milhões de pessoas e à destruição de ecossistemas. É escritor e ativista ambiental, pertence ao partido democrata. Foi o 45º vice-presidente dos EUA onde governou 8 anos juntamente com o presidente Bill Clinton.
O documentário alerta para as alterações cllimáticas existentes no nosso planeta. Pode não ser claro, é preciso saber um pouco do assunto para perceber da melhor maneira. É um pouco irónico e tem “alfinetadas” contra o governo americano e de outros países. O documentário tem uma parte pessoal e dramática sobre a vida de Al Gore, o que é desnecessário na minha opinião, mas o público precisa de algum drama para gostar a sério, é pena. É um documentário que relata um grande problema de uma forma interessante e acessível. Al Gore criticou o governo americano, mas sem o criticar, ou seja, utilizou uma linguagem onde não mencionava propriamente o governo americano, uma linguagem mais infantil.
Uma boa solução foi a apresentação de vários gráficos e de várias imagens.
É um filme genial onde se mete as cartas em cima da mesa, onde se diz a verdade com todos os pontos nos is, embora alguns dados, como os dos gráficos, estejam um pouco abaixo da verdade, na minha opinião.
Rodrigo Carvalho
Analise critica do filme documentário “An
Inconvenient Truth”
“An Inconvenient Truth” é um documentário que adapta uma apresentação de Al Gore sobre o aquecimento global. Nesta apresentação Gore demonstra a força do impacto humano sobre o ambiente, aponta
causas para este impacto e propõe soluções para suprimir alguns dos problemas
criados, sendo apoiado por uma serie de slides, vídeos, fotos, citações, e até
um pequeno desenho animado. Foi dessa apresentação que surgiu um filme, porque
Laurie David a viu, e ficou tão entusiasmada que decidiu juntar-se com Lawrence
Bender para encontrar Davis Guggenheim (que será o diretor do filme), com o
objetivo de fazer uma adaptação. O filme, nomeado “An Inconvenient Truth”, será lançado no dia 24 de maio de 2006, em Los Angeles e Nova Iorque.
O filme coincide completamente com a apresentação, pois é “a apresentação filmada”. A única diferença que ele tem é
de ter algumas cenas de vídeos de “filme” propriamente dito e não de apresentação filmada.
Claro,o filme
é interessante e não tão monótono como se pode esperar, pois Al Gore apresenta
os problemas com algum sentido de humor irónico (encontramos no filme bastantes
indiretas cientificas e politicas, nomeadamente sobre George Bush) e inclui as
causas politicas (de que não se fala muito, duma maneira geral), o que muda um
pouco do geral discurso sobre o aquecimento global, repetido mais e mais vezes.
Uma coisa que se pode criticar, são algumas cenas onde Al Gore conta momentos
sentimentais da sua vida, e ai perguntamos: “Mas isso é um documentário sobre o
que Al Gore sente e faz, sobre o que ele pensa, sobre a sua vida e o que lhe
aconteceu ou é sobre o aquecimento global e o impacto humano sobre o meio
ambiente?”. Também podemos criticar o facto de as consequências serem ligeiramente dramatizadas: mesmo sendo verdadeiras estas não tinham de ser apresentadas como
um fim inevitável mas ao contrario como algo de remediável se privilegiados
alguns comportamentos eticamente mais corretos. Poderíamos dizer que esta dramatização no expor das causas é devida ao facto de constituir um dos maiores
argumentos, mas neste caso Gore dispunha já de uma quantidade respeitável de
documentos informativos ou seja gráficos fotos, que constituíam provas das
suas palavras e não precisava de isso para convencer o publico.
Al Gore, porem,
faz uma falha, pequena mas, na minha opinião, bastante importante: ele não fala
de questões éticas primordiais para perceber porque não podemos fazer isso e
aquilo, porque temos de preservar o ambiente (além de precisarmos dele para
sobreviver), qual é o problema de terras ficarem submersas (alguns poderiam
dizer: “Ah, sim. Mas não é grave, basta prevenir a população e recuar cidades. Não é nada” e mesmo se dizer “ não é nada” seria exagerado, é preciso ter mais do
que este argumento para provar algo diferente), e assim pessoas ouvem que têm
de fazer coisas para preservar outras coisas e só sabem que o devem fazer para
preservar e preservar porque sim. Acham que uma pessoa que apercebe-se disso
nunca vai pensar que preservar e evitar não serve para nada? A única frase dita
como justificação no filme é “é uma questão de moral, tem de ser moralmente
correto.” . Sim, mas o que é uma questão de moral? O que é ser moralmente correto? Porque tem de ser moralmente correto E já agora, o que é moral? Não é mais correto falar de ética? É muito bom e até essencial ter provas
cientificas numa apresentação, mas sem questões éticas, perde um pouco o poder
de convencer, perde também estrutura. Um exemplo: Consideramos a perda de
biodiversidade grave: vejam aqui o gráfico que apoia a minha declaração O que
é que o gráfico mostra?Que sim há uma grande perda de biodiversidade,mas não o
porque é grave. Não mostra porque é que temos de nos importar da perda de
biodiversidade.
Concluindo, o filme “An Inconvenient Truth”
é um excelente documentário que apresenta uma quantidade suficiente de
documentos científicos e que tem um discurso que nos envolve nos problemas
falados, suficientemente para querermos “salvar o planeta”, e ocasionalmente
salvar-nos a nos próprios pois precisamos do planeta para viver mas faltam uns
graus de ética para a apresentação ter todo o seu gosto e tomar todo o
sentido.
Maimouna